Mobilização acontece até setembro e votos serão entregues ao presidente Lula, Congresso e STF
“O plebiscito é a ferramenta mais poderosa que temos para mostrar ao Congresso Nacional que o povo quer e pode decidir seu próprio futuro. Com milhões de votos, vamos deixar claro que não aceitaremos um congresso que empurre a crise para os trabalhadores enquanto protege os interesses do mercado financeiro” – Foto: Reprodução/SINTUFCE
Organizado por movimentos sociais, sindicatos e organizações da sociedade civil, o Plebiscito Popular Por um Brasil Mais Justo teve suas votações iniciadas no último dia 1º. Com o objetivo de mobilizar a população por meio de dois temas centrais, o fim da escala 6×1 e a taxação dos super-ricos , a iniciativa busca potencializar o debate público sobre os assuntos, que têm ganhado grande repercussão nacional.
Em Minas Gerais, o plebiscito tem grande importância, tendo em vista que o estado é o segundo maior do país em número de trabalhadores. É o que diz Luanna Ramalho, dirigente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em entrevista ao Brasil de Fato MG.
“Minas é o segundo estado com mais trabalhadores do país. Por isso, sabemos na pele o que significa viver sob uma escala desumana como a 6×1. O plebiscito popular vem justamente para dar voz a essa indignação e construir uma grande mobilização. Queremos dizer ao Congresso Nacional que não aceitamos mais viver para trabalhar”, explica.
O papel de Minas
Em 2023, aconteceu o Plebiscito Popular em Defesa das Estatais Mineiras, que contou com mais de 300 mil votos e teve um papel importante para a não privatização de empresas públicas do estado, como a Cemig e a Copasa. 95% dos votos foram contra a privatização. Agora, o plebiscito é nacional e tem outros objetivos. No entanto, Minas continua tendo papel crucial para a construção dessa luta, como explica Luanna.
“Agora, novamente, temos um papel estratégico na mobilização nacional contra a escala 6×1 e pela taxação dos super-ricos. Minas pode e vai ser um estado fundamental para essa construção”, afirma.
A votação tem previsão de durar até o dia 7 de setembro. Após essa fase, os votos serão entregues ao presidente Lula (PT), ao Congresso Federal e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Congresso Federal
Segundo uma pesquisa Quaest divulgada no início deste mês, 70% dos deputados federais são contra o fim da escala 6×1. A proposta foi apresentada pela deputada federal Érika Hilton (Psol), em fevereiro deste ano. Por essa razão, movimentos, organizações e a população se manifestaram contra as posições do congresso.
“Eu acho que esse movimento que tem crescido nos últimos dias, o ‘Congresso Inimigo do Povo’, pode ser um mecanismo fundamental para que a gente conquiste esses direitos que nós estamos votando no plebiscito: o fim da escala 6×1, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, a taxação dos super-ricos, isenção do imposto de renda para quem recebe até 5.000 e também a revogação do PL da devastação”, diz Kívia Costa, militante do Movimento Brasil Popular e coordenadora do plebiscito em Minas, em entrevista ao Brasil de Fato MG.
Dessa maneira, o Plebiscito Popular por Um Brasil Mais Justo tem o papel de ser um instrumento de pressão popular muito forte.
“O plebiscito tem essa potência de ser um grande agitador, um grande mobilizador por essas pautas que são tão caras para nós. É um instrumento de pressão popular e, sem pressão popular, dificilmente a gente vai conseguir conquistar nossos direitos. Os plebiscitos são grandes momentos de exercício da democracia”, declara Costa.
Além de ser um instrumento de pressão, o plebiscito popular promove a união da classe trabalhadora e vai contra as pautas que a extrema direita têm promovido.
“Tem uma potência muito grande e vai, inclusive, na contramão do que o governo de Romeu Zema (Novo) tem pautado, do que a extrema direita, como um todo, tem pautado”, afirma Kívia Costa…
VOTE ONLINE: https://plebiscitopopular.votabem.com.br/?id=10232HL5536
Para obter mais informações sobre o Plebiscito Popular por um Brasil Mais Justo, acesse o site por este link.
Fonte: Brasil de Fato/MG